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Bem-estar e Saúde

Casa

Sustentabilidade: como os polímeros podem ser os aliados nesta causa

Tempo de leitura: 14 minutos

É bem provável que você já tenha participado de uma discussão sobre sustentabilidade. Esse assunto tem ganhado cada vez mais espaço, especialmente aqui no Brasil. Uma pesquisa da Opinion Box mostrou que 82% dos brasileiros consideram a sustentabilidade como um tema importante para o cotidiano. 



Para a maioria dos entrevistados, a postura começa dentro de casa: 60% das pessoas dizem adotar medidas como o uso de lâmpadas econômicas e o controle do uso de água. Da mesma forma, 49% procuram reutilizar as embalagens e separar o lixo para reciclagem. 


No entanto, essa discussão não fica apenas entre quatro paredes. Ela acaba atingindo outros hábitos, inclusive os de consumo. Conversas sobre o uso de plástico já estão no cotidiano das pessoas, e cabe a você entender mais sobre o assunto para ajudar os clientes na hora da compra. 


Pensando nisso, a Soprano criou um conteúdo focado em tecnologias sustentáveis e o uso responsável de materiais. Confira:


Sustentabilidade: os seus clientes estão de olho!


O processo de venda vai muito além de conhecer o produto. Um bom representante conhece o mercado em que está inserido, seus concorrentes e as tendências de consumo. O objetivo não é apenas vender, e sim resolver o problema do seu cliente. Só assim você cria um elo de confiança e vira referência. 


Logo, é de extrema importância que você tenha informações sobre a indústria sustentável e produtos que vão de encontro com essa preocupação. Ainda segundo a Opinion Box, empresas com práticas sustentáveis têm a preferência de 82% dos brasileiros. Outros 62% levam em consideração a postura da marca em relação ao meio ambiente no momento de decisão de compra. 


Essa também é uma oportunidade de aumentar o ticket médio das suas vendas. A pesquisa mostrou que a preocupação com o planeta é, em muitos casos, maior que o impacto financeiro: 62% dos brasileiros preferem pagar mais caro por um produto que agrida menos o meio ambiente. 


Outras pesquisas refletem a busca por tecnologias que ajudam a preservar o meio ambiente independente do preço. Uma pesquisa feita pela Toluna, especialista em insights de mercado, mostra que 29% dos internautas concordam totalmente em pagar mais por estes produtos e 46% concordam em desembolsar mais reais por eles. 


Esses dados mostram que a busca pela sustentabilidade supera as barreiras monetárias. Afinal, seu consumidor procura produtos que o façam contribuir para essa causa. Ou seja: há um território emocional que pode ser explorado. Segundo a pesquisa da Opinion Box, 81% dos entrevistados afirmam que o prazer de comprar itens sustentáveis é maior, e para 37% as decisões pessoais em prol da preservação da natureza são tão importantes quanto as ações governamentais.


A importância da Indústria Sustentável


Um dos valores estabelecidos pela Soprano desde a fundação da empresa, há mais de 65 anos, é a sustentabilidade e o permanente respeito ao meio ambiente. Em 2021, a empresa foi incluída no seleto grupo com a distinção internacional de Indústria Sustentável: Esta Empresa Ajuda a Proteger a Camada de Ozônio, fornecido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).



A distinção é destinada às empresas que substituíram o uso do HCFH-141b, agente de expansão em espumas de PU utilizado no isolamento de vários produtos, por substâncias não agressoras da Camada de Ozônio.


O projeto é uma iniciativa do Governo Federal, aliado com o Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) e em parceria com um grupo de empresas que, em conjunto, já eliminaram 2.160 toneladas de HCFC-141b.


Essas mudanças, além de contribuírem com a preservação do meio-ambiente, também apoiam o Brasil para que as metas estabelecidas no Protocolo Montreal sejam atingidas.


Como Indústria Sustentável, o cliente pode contar com o comprometimento sustentável e a utilização de matérias primas que posteriormente podem também ser recicladas, tais como:


·      ABS - Acrilonitrila Butadieno Estireno

·      PP – Polipropileno

·      PS – Poliestireno

·      PEBD - Polietileno de Baixa Densidade

·      PVC - Policloreto de Vinila

·      Tritan

·      Aço Inox

·      Alumínio

·      Nylon

·      Vidro

·      Vidro Borosilicato

·      Poliéster

 

Plástico: O vilão do século XXI?


É impossível falar de sustentabilidade sem falar do plástico, tido como o grande vilão do meio ambiente — especialmente quando apenas 1,28% deste material é reciclado. Em comparação, o índice de reciclagem de latas de alumínio foi de 97,6% em 2019.


Segundo o Atlas do Plástico, o Brasil produziu cerca de 79 milhões de toneladas de lixo, com os plásticos representando 13,5% desse volume. Isso corresponde a 11,3 milhões de toneladas, fazendo do país o quarto maior produtor de resíduos plásticos do mundo.


Tais dados mostram que a conversa sobre tecnologias sustentáveis está apenas começando. Algumas cidades já tomaram medidas para diminuir esses números, como São Paulo. Desde 1º de janeiro de 2021, por exemplo, nenhum estabelecimento comercial pode fornecer copos, pratos, talheres, agitadores para bebidas e varas para balões de plásticos descartáveis.


No entanto, precisamos nos perguntar: o plástico precisa mesmo ser o vilão do meio ambiente? É claro que a grande poluição deve ser combatida, mas não basta proibir o consumo deste material. É preciso ter um conhecimento mais aprofundado sobre o tema, melhorar a qualidade das práticas de gestão de resíduos e produzir materiais que tenham o menor impacto ambiental possível.


Afinal, há motivos para comemorar. Aos poucos, a reciclagem de plástico vem aumentando no país. Em estudo realizado pela consultoria MaxiQuim junto ao Plano de Incentivo à cadeia de Plástico (PICPlast), 757 mil toneladas de plásticos usados foram recicladas só em 2018. Nos dois anos anteriores, foram registradas 550 mil toneladas foram registradas, fazendo com que o aumento chegasse a 37%. 


Polímeros: O que são e como podem ser usados em prol da sustentabilidade


O primeiro passo para termos conversas sérias sobre sustentabilidade e tecnologia é saber mais sobre o assunto. A começar pelos polímeros, que dão origem ao plástico e outros materiais.


O que são polímeros


A palavra polímeros deriva do grego poli, que significa muitas, e meros, partes. Isso já ajuda a entender o que são polímeros: são macromoléculas originadas a partir da união de várias unidades de moléculas menores, os monômeros. A polimerização, por sua vez, é o nome dado à reação de formação dos polímeros. 


O uso dos polímeros não é de hoje: desde a Antiguidade usamos esse tipo de material. No entanto, apenas em sua forma natural, como couro, lã e borracha. Foi só em 1934 que começou a síntese artificial de polímeros, um processo que requer alta tecnologia. Desde então, o seu uso tem se tornado cada vez mais frequente na sociedade: garrafas de bebida, sacolas de mercado, tintas para parede…


Os polímeros trazem uma série de vantagens: 

·      Maior resistência a corrosão;

·      Flexibilidade;

·      Elasticidade;

·      Transparência; 

·      Baixa densidade;

·      Baixa temperatura de processamento;

·      Baixa reatividade. 


Conheça os tipos de plásticos


Há um padrão utilizado para que os consumidores saibam de qual tipo de plástico é feito o produto que eles estão adquirindo. Existe uma norma técnica para isso, a NBR 13.230:2008, concebida de acordo com critérios internacionais. 


A categorização divide os plásticos em sete tipos:


Tereftalato de polietileno (PET ou PETE)


O Polietileno tereftalato, ou PET, é um tipo de plástico formado pela reação entre o ácido tereftálico e o etileno glicol. 


Esse é um dos tipos de plásticos mais comuns, que dá origem a garrafa pet e outros produtos. Essa popularização se dá pelas suas características: é transparente, inquebrável, impermeável e leve. Por ser um termoplástico, o PET é reciclável. 


No entanto, esse tipo de plástico é feito a partir do petróleo, uma fonte não renovável. Além disso, sua reciclagem fica inviabilizada quando ele é misturado a outros tipos de materiais.


Polietileno de alta densidade (PEAD)


Esse material é inquebrável, resistente a baixas temperaturas, leve, impermeável, rígido e com resistência química. Por isso, é o mais utilizado em embalagens de detergente e óleos automotivos, sacolas de supermercado, entre outros. 


Por ser um termoplástico, ele é reciclável. Além disso, o PEAD pode ser obtido a partir do petróleo ou de fontes vegetais, como a cana-de-açúcar. Nesse último caso, ele é chamado de "plástico verde". 


Policloreto de Vinila ou cloreto de vinila (PVC)


Outro tipo de plástico bem conhecido, pois seu uso é muito usado em perfis para janela e tubulações para água e esgoto. Suas principais características são a rigidez, transparência (se necessário), impermeabilidade e resistência à temperatura.


O reaproveitamento do material, quando bem separado, pode ser feito de forma simples e menos onerosa. Porém, o PVC tem dioxina, uma substância que se acumula no organismo e pode causar câncer. 


Polietileno de baixa densidade (PEBD)


Bem parecido com o PEAD, pois também está presente em sacolas para supermercado e pode ser obtido a partir do petróleo ou de fontes vegetais.


A principal diferença entre esses tipos está no tipo de sistema iniciador usado para sua concepção. Em relação a cristalinidade, a do PEAD é maior que a do PEBD, e sendo maior a cristalinidade, a fusão pode acontecer em temperaturas mais altas.


Polipropileno (PP)


É muito utilizado em filmes para embalagens e alimentos, pois é capaz de conservar o aroma. Além disso, é inquebrável, transparente, brilhante, rígido e resistente a mudanças de temperatura.


O PP possui uma variação chamada BOPP, sigla em inglês para bi-axially oriented polypropylene, ou película de polipropileno biorientada. Esse é um plástico metalizado de difícil reciclagem, bastante comum em embalagens de salgadinhos e biscoitos. 


Poliestireno (PS)


Além de ser reciclável, o poliestireno possui características como leveza, capacidade de isolamento térmico, baixo custo, flexibilidade, e a maleabilidade sob a ação do calor, que o deixa em forma líquida ou pastosa. É mais utilizado em potes para iogurtes, sorvetes, entre outros. 


Outros plásticos


Por fim, a norma técnica separa um espaço para outros. Essa classificação é empregada para os produtos de plástico fabricados com uma combinação de diversas resinas e materiais.


O tal do BPA


Não temos como falar de plástico sem citar o bisfenol A, também conhecido como BPA. Essa substância química orgânica constitui a unidade básica de polímeros e revestimentos de alto desempenho, principalmente plásticos policarbonatos e resinas epóxi.


Existem vários produtos com esse composto. Entre eles, computadores, revestimentos para latas de comida, talheres descartáveis e por aí vai. Também encontramos pequenas quantidades de BPA em componentes no PVC maleável e como preparador de cor em papéis térmicos, como comprovantes e extratos bancários.


Mas por que ele é tão controverso? Simples. Ainda que o bisfenol A esteja presente apenas nos recipientes, ele é liberado quando esses produtos são expostos a temperaturas elevadas (como por exemplo no micro-ondas), quando entram em contato com alimentos muito quentes ou até mesmo quando são levados ao congelador e ficam com o alimento armazenado por muito tempo. Nesses casos, o BPA pode contaminar o alimento — trazendo, assim, uma série de riscos para a saúde.


A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a produção e importação de mamadeiras que contenham BPA. No entanto, os bebês e adultos continuam expostos ao BPA. 


A melhor forma de evitar é, sempre que possível, optar por produtos BPA free. Ou seja, livres de Bisfenol A. Levando em consideração essa preocupação, todos os nossos produtos que são utilizados em contato com o alimento ou bebida são livres de BPA.


Como funciona a reciclagem de plásticos


É fácil entender por que o plástico vem substituindo outros tipos de materiais com eficácia e vantagem, uma vez que são baratos e práticos No entanto, uma das suas maiores vantagens também causa problemas: a durabilidade. 



Isso gera muito lixo, causando uma série de problemas ambientais que precisam ser tratados com urgência. Dentro deste cenário, falar sobre reciclagem de plásticos é essencial para resolvermos essa questão. 


Depois que esse material chega às empresas recicladoras, eles podem passar por qualquer um dos três tipos de reciclagem mais comuns:


Reciclagem mecânica


A mais comum e normalmente utilizada. Os plásticos precisam passar por uma triagem e depois por uma limpeza, pois restos de sujeiras atrapalham o processo. 


A secagem é feita por meio de grandes secadores de ar quente, para então o material adquirir uma forma pré-determinada. Então, são resfriados com água em temperatura ambiente e cortados em uma granuladora.


Esses grânulos, por sua vez, podem ser utilizados na produção de novos materiais. Muitas empresas compram o material pós-industrializado, como é o caso da Soprano.


Reciclagem química


A reciclagem química é o processo de despolimerização do plástico. Ou seja, a reversão de um polímero para um monômero ou para um polímero de menor peso molecular. 


Esse processo é bastante utilizado na produção de matéria-prima em refinarias ou centrais petroquímicas, além de abrir caminho para a mistura de plásticos diferentes. Este tipo de reciclagem também aceita outros materiais, como tintas e papéis.


Recuperação energética


Esse tipo de reciclagem utiliza processos térmicos para recuperar a energia contida nos plásticos. Trata-se da geração de energia elétrica por meio do uso do produto como combustível. Ela cria matrizes energéticas e auxilia na questão do destino do lixo urbano. 


Infelizmente esse tipo de reciclagem ainda não é praticado no Brasil. Nos mais de 35 países que utilizam esse método, mais de 150 milhões de toneladas de lixo urbano são tratadas por ano em cerca de 750 usinas de reciclagem energética. Ao todo, serão gerados 10.000MW de energia elétrica e térmica.


Como seu cliente pode ajudar na sustentabilidade


Na hora de conversar com seus clientes sobre tecnologias sustentáveis, é interessante mostrar que pequenos atos fazem toda a diferença. Entre eles, o consumo de produtos e empresas que se importam com essa questão. Isso inclui procurar o histórico da organização e dar preferência para produtos BPA Free. 


Além disso, a reciclagem é um fator crucial. O Brasil tem alto índice de destinação incorreta do lixo, sendo que quase metade dos municípios ainda despeja resíduos em lixões. Os dados do Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana (ISLU) também mostram que 17,8 milhões de brasileiros não têm coleta de lixo em suas casas e apenas 3,85% dos resíduos são reciclados.


Soprano: Sustentabilidade como parte dos valores


A Soprano se preocupa com todos os aspectos ambientais desde sua fundação, há mais de 65 anos. Tais fatores são levados em consideração nos processos de tomada de decisão, uma vez que a empresa busca reduzir impactos causados no meio ambiente.


Isso é feito através de diversas medidas que envolvem a redução e até mesmo a eliminação desses resíduos. Atualmente, 64% da produção fabril da Soprano utiliza plástico pós-industrializado proveniente de empresas especialistas nesse processo ou apara industrial. Além disso, todos os produtos que são feitos para ter contato com alimentos e bebidas são livres de BPA.

 

Somente no primeiro semestre de 2021, a Soprano já utilizou 656.364 quilos de matéria prima pós-industrializada na produção de utilidades térmicas. Desde 2015 já foram mais de 8 toneladas de material pós-industrializado utilizado, o que evitou essa mesma quantidade de plástico virgem a mais no ambiente. A meta para os próximos anos é seguir crescendo a utilização dos pós-industrializados.

 

Conheça o nosso catálogo e confira todos os produtos e matérias primas utilizadas!




Publicado por Soprano, dia 16/09/2021

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